O sacrifício
Quais os propósitos dos sacrifícios do Antigo Testamento?
Antes do nascimento de Cristo, os sacrifícios eram a única forma que os antigos tinham de se aproximar do Deus Vivo. Geralmente, um sacrifício expressava amor, respeito, renúncia pessoal e arrependimento.
Os sacrifícios de animais eram praticados com o objetivo de purificar o povo dos seus pecados, quando o Senhor Jesus ainda não havia nascido. No Antigo Testamento, eles serviram de base para a compreensão do significado do ministério de Cristo, que foi sacrificado para a remissão dos pecados de toda a humanidade.
“Ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado.”
Hebreus 9.26
Precisamos ainda hoje realizar sacrifícios?
Atualmente, não precisamos realizar sacrifícios de animais para sermos perdoados por Deus, porque o sacrifício do Seu Filho foi pleno, suficiente e perfeito, sendo realizado uma única vez por todas. Mas o Senhor Jesus nos ensinou que a vida cristã implica em renúncias, o que nos leva a outras formas de sacrifícios.
“Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.”
Lucas 9.23
“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”
Romanos 12.1
Quais os sacrifícios que agradam a Deus?
Em primeiro lugar, o do nosso corpo, ou seja nossa vida, nossa força, aquilo que somos fisicamente. A Bíblia diz que devemos adorar a Deus em espírito e em verdade. Nossas ações, nosso caráter e a nossa entrega à obra de Deus são importantes, bem como tudo aquilo que fazemos e que contribui para o bem dos nossos semelhantes, para o crescimento da obra de Deus, e para a Sua glória.
“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.”
Salmos 51.17
Os dízimos e ofertas são formas de sacrifício?
Sim, porque o dinheiro que entregamos à igreja é o resultado do nosso trabalho e representa parte do tempo no qual gastamos a nossa vida para obtê-lo. Nesse aspecto, o dinheiro é um pouco de nós mesmos que depositamos no altar do Senhor.
“Casa um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.”
2 Coríntios 9.7
O que é dízimo e qual a sua origem?
Dízimo quer dizer a décima parte. É um costume mais antigo que a Lei de Moisés. Na Bíblia lemos que o patriarca Abraão deu o dízimo a Melquisedeque, o rei de Salém, conforme podemos ler nos seguintes versículos:
“Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo.”
Gênesis 14.18-20
Qual a definição e a origem da oferta?
De acordo com a Bíblia, oferta é uma ação, objeto ou comportamento que serve como meio a partir do qual o indivíduo se aproxima de Deus. A raiz da palavra oferta, no hebraico, significa aproximar-se. Trazendo ofertas sem defeitos, os antigos servos de Deus entravam em Sua presença.
A origem da oferta está ligado ao primeiro sacrifício realizado pelo próprio Deus, ainda no Éden. Segundo as Escrituras Sagradas, o Senhor sacrificou um animal para cobrir a nudez de Adão e Eva, instituindo essa forma de sacrifício a fim de apagar o pecado do pecador. Aquele animal representava o Filho de Deus que teria de vir ao mundo, na plenitude dos tempos, para cobrir a vergonha do pecado humano diante do Criador.
“Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.”
Gênesis 3.21
Ainda hoje devemos sacrificar animais?
A oferta de animais sacrificados perpetuou-se entre os judeus até por volta do ano 70 d.C., quando o templo reconstruído por Herodes foi totalmente destruído. Os judeus ainda esperam que o templo seja novamente erguido em Jerusalém para continuarem sacrificando animais. Nós, cristãos, não precisamos sacrificar animais porque o Senhor Deus enviou Seu Filho como Sacrifício Vivo, pleno e suficiente para reconciliar criatura e Criador.
“Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus...”
Hebreus 10.12
“No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”
João 1.29
Qual o significado real da oferta?
A oferta é o instrumento pelo qual o ser humano se aproxima de Deus. Essa aproximação é desejada pelo Pai, que instituiu a oferta sacrificial. Consumado o processo de redenção da humanidade, Deus ofertou o Seu próprio Filho.
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
João 3.16
O jejum e outras formas de abstenção podem também ser consideradas sacrifícios?
Ficar com fome ou se privar da algo que faz bem ao corpo ou à alma; passar pela necessidade ou pela dor causadas pela abstinência voluntária, certamente são sacrifícios. Alguns cristãos praticavam abstinência sexual durante um determinado período, para se dedicarem à oração.
“Não vos prives um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência.”
1 Coríntios 7.5
O jejum sacrificial era praticado pelo povo de Deus, desde tempos muito antigos.
“Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, avançada em dias, que vivera com seu marido sete anos desde que se casara e que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixara o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações.”
Lucas 2.36,37
O jejum representa, antes de tudo, um sacrifício voluntário de consagração a Deus. Em si mesmo, não tem o poder de mudar a vontade de Deus a nosso favor, mas serve para evidenciar que nos humilhamos diante d'Ele. Deve ser feito com humildade por todos aqueles que, acima de tudo, aceitam a soberania do Senhor Jesus em suas vidas.
Por que Deus ainda se agrada desses sacrifícios se a salvação proporcionada pelo Senhor Jesus é completa?
Porque a dimensão de nosso compromisso com Deus pode ser medida pela intensidade de nossas renúncias pessoais. O Senhor deixou claro que nossa entrega deve ser total. Envolve sacrifício de tempo, dinheiro, parentes e tudo o mais.
“Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.”
Lucas 14.33
“E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me.”
Marcos 10.21
Muitas vezes, o compromisso com Cristo envolve o sacrifício da própria vida do discípulo. Ele nunca nos escondeu a possibilidade de que, por causa de Seu nome, talvez tivéssemos que renunciar ao nosso maior bem.
“Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á.”
Mateus 16.25
“Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.”
Romanos 8.36
Ninguém melhor que o apóstolo Paulo soube compreender o significado da morte do Senhor Jesus. No entanto, poucas pessoas se sacrificaram tanto pela obra de Deus:
“São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes. Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um; fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar; em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadigas, em vigílias, muita vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez.”
2 Coríntios 11.23-27
O Sacrifício
03 DE DEZEMBRO DE 2015
Dar-vos-ei
pastores segundo o Meu coração, que vos apascentem com conhecimento
e com inteligência. Jeremias 3.15
A
fé sem sacrifício só serve para iludir. Sacrifício é o que
identifica, mostra, prova a existência da fé. Sem o sacrifício, a
fé é cega.
O
mesmo se dá no batismo com o Espírito Santo. Qual a prova visível
do batismo com o Espírito Santo? Eu sei que o Espírito Santo
testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Mas, para
separar a pessoa para a Obra de Deus, é preciso que haja sinais de
que ela foi batizada com o Espírito. E como isso é provado? Só
quando há prova visível de transformação de vida.
Assim
é com respeito à fé. O Espírito Santo, através de Tiago, faz a
mesma colocação com respeito à diferença da fé cega da fé
sacrificial, quando diz:
Meus
irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não
tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se um irmão ou
uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento
cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz,
aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o
corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver
obras (sacrifício de obediência), por si só está morta.
Mas
alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé
sem as obras, e eu, com as obras (obediência), te mostrarei a minha
fé.
Crês,
tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios creem e tremem.
Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato (se opõe à razão),
de que a fé sem as obras (sacrifícios) é inoperante? Não foi por
obras (obediência) que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando
ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque?
Vês
como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi
pelas obras (obediência) que a fé se consumou, e se cumpriu a
Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi
imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus.
Verificais
que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente.
De
igual modo, não foi também justificada por obras a meretriz Raabe,
quando acolheu os emissários e os fez partir por outro caminho?
Porque,
assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem
obras é morta. Tiago 2.14-26
Chama
atenção o versículo:
Não
foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando
ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque?
Quer
dizer: a fé de Abraão foi acompanhada do sacrifício de Isaque, seu
filho. Lembro que Ester e eu concordamos em sacrificar nossos filhos.
Ao invés de investirmos na educação acadêmica deles para servirem
a si mesmos e ao mundo, optamos por investir na educação da fé
sacrificial para servirem ao Deus Altíssimo. Certamente isso é
loucura para os que se perdem. Não para nós, que vivemos na fé
abraâmica! Nenhum deles fez faculdade, mesmo tendo condições de
estudar nas melhores universidades do mundo.
Ester
e eu praticamos essa fé sacrificial que aprendemos com Abraão.
Ninguém mandou fazer isso senão a Voz do Espírito da Fé.
Portanto,
a fé bíblica diz respeito à fé sacrificial que a própria fé
exige. Fé sem obras, isto é, sem os sacrifícios, é morta, da
mesma forma como o corpo sem espírito é morto. E prova disso é o
fato de a maioria dos crentes em Jesus viver nos limites da penúria
econômica, familiar e, o pior, espiritual.
Nenhum
milagre de Jesus foi realizado pela fé sem a ação do sacrifício.
O cego de nascença, em João 9, é um exemplo. Jesus poderia tê-lo
curado imediatamente. Não o fez porque o cego não pediu. Isto é,
não esboçou fé que chamasse Sua atenção. Para despertar-lhe fé,
o Senhor teve de fazer lodo, “sujar” seus olhos e mandá-lo ao
tanque de Siloé. Caso não obedecesse mostraria ausência de fé e
não seria curado. Sua obediência acompanhada de sacrifício o
curou.
A
essência da Fé exige o sacrifício, exemplo do Próprio Deus quando
ofereceu Seu Filho Jesus em sacrifício.
Sacrifício
não trata de quantidade, mas de qualidade. Sacrifício perfeito
envolve a alma de cada um. Todos têm condições de subir no Altar e
sacrificar. Ainda que a pessoa tenha disponível um centavo, se é o
seu tudo, para Deus representa sua alma. Isso é o perfeito
sacrifício que o Altar exige.
Se
não há o perfeito sacrifício, o Altar não recebe e, por conta
disso, não responde.
Por que a Fogueira Santa?
Deus não quer apenas o nosso bom, aceitável ou razoável, Ele Quer o nosso Sacrifício
Desde o início, a Fogueira Santa sempre foi inspirada para levar as pessoas a agir a fé, a fazer uma entrega de corpo, alma e espírito. Ao contrário do que muitos pensam, o propósito exige Fé. E uma vez a pessoa ouvindo a Palavra e absorvendo o espírito, vai exigir de si mesma uma entrega, o assumir, a materialização da sua crença, e é aí que acontece o maior de todos os milagres, que é a Salvação, a libertação, a conversão, o batismo com o Espírito Santo.
Quem não passou por nenhum destes estágios, com certeza, irá passar:
E tudo isso só acontece quando a fé é associada à revolta. Uma sem a outra não realiza a transformação, pois, isoladas, são insuficientes. Independentemente da Fogueira Santa, se a pessoa sacrifica, se entrega por completo, ela terá sempre uma experiência com o Poder de Deus, pois:
Essa é a trindade da fé bíblica, inteligente e verdadeira. A Fé tem que ser sempre acompanhada por obras, pois, quando não existe essa Fé Viva, ela é morta. Por isso, a Fogueira Santa é estritamente espiritual, pois se trata de uma escolha pessoal e intransmissível do assumir a Fé e da decisão em materializá-la, o que se traduzirá numa experiência com Deus, que irá marcar a pessoa de tal forma, que a sua vida só poderá ser descrita entre um antes e um depois.
- Quem não é liberto… vai se libertar;
- Quem é liberto… vai se converter;
- Quem é convertido … vai nascer de novo;
- Quem é nascido de novo… será batizado com o Espírito Santo;
- Quem é batizado com o Espírito Santo … vai ser avivado, renovado!
E tudo isso só acontece quando a fé é associada à revolta. Uma sem a outra não realiza a transformação, pois, isoladas, são insuficientes. Independentemente da Fogueira Santa, se a pessoa sacrifica, se entrega por completo, ela terá sempre uma experiência com o Poder de Deus, pois:
- o Sacrifício materializa a sua entrega, a sua dependência, confiança;
- o Dízimo materializa a sua fidelidade, a honra, o empenho da sua palavra;
- a Oferta voluntária materializa o nosso amor, a gratidão, consideração.
Essa é a trindade da fé bíblica, inteligente e verdadeira. A Fé tem que ser sempre acompanhada por obras, pois, quando não existe essa Fé Viva, ela é morta. Por isso, a Fogueira Santa é estritamente espiritual, pois se trata de uma escolha pessoal e intransmissível do assumir a Fé e da decisão em materializá-la, o que se traduzirá numa experiência com Deus, que irá marcar a pessoa de tal forma, que a sua vida só poderá ser descrita entre um antes e um depois.
No exterior, vai ser vista a cura, a libertação, a prosperidade, a reconciliação conjugal, a união familiar. Tudo dependerá de a pessoa definir o que ela mais deseja conquistar. Porém, a nossa visão, como homens de Deus, é que você se torne um testemunho vivo da Ressurreição do Senhor Jesus com a sua vida, mas começando pelo seu caráter, porque assumiu a Fé, a exemplo de Gideão.
Qual foi a primeira coisa que Deus pediu a Gideão para fazer na prática?
“… derriba o altar de baal que é de teu pai, e corta o poste-ídolo que está junto ao altar. Edifica ao SENHOR, teu Deus, um altar no cimo deste baluarte, em camadas de pedra, e toma o segundo boi, e o oferecerás em holocausto com a lenha do poste-ídolo que vieres a cortar.” Jz 6:25-26
Como é que Gideão poderia sacrificar o animal sem derribar o altar de baal, cortar o poste-ídolo, edificar um novo altar e colocar a lenha sobre o lugar de sacrifício? Impossível!
Deus não quer apenas o nosso bom, aceitável ou razoável, Ele Quer o nosso Sacrifício, que exige que a pessoa “desprenda-se” do poste-ídolo, do costume, da mania, do orgulho ou vaidade que o debilita, e que impede que você una a sua Fé à sua Revolta e a exprima, sem reservas, por meio do seu Sacrifício voluntário.
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