Porém,
poucas pessoas compreendem a importância do título. Todos sabem que
Deus deu a Moisés as tábuas dos Dez Mandamentos, mas será que
sabem o que isso significava para aquele povo e o que significa para
nós hoje?
Os
Dez Mandamentos são a base da maioria das Constituições dos países
ocidentais. São as leis de Deus para uma vida saudável e feliz,
independentemente da nação, da idade, da cor ou do gênero da
pessoa. Eles nos dão uma direção a respeito de tudo na vida:
relacionamentos, bens materiais, família, nós mesmos e Deus.
Cada
mandamento vem diretamente de Deus. É como falou certa vez o autor
Zig Ziglar: “Se Deus quisesse que vivêssemos em uma sociedade
permissiva, Ele nos teria dado dez sugestões, e não Dez
Mandamentos.”
Muitos
buscam a desejam a felicidade e ter uma vida realizada, mas não
concordam em viver de acordo com as leis de Deus. Essas pessoas acham
que isso é religião, e que não precisam se submeter a um Ser
Maior. Basta olhar a vida delas e ver o quão não realizadas elas
são... Essa é a prova de que os mandamentos de Deus ainda são
ativos hoje, e só quem os cumpre diariamente pode tirar proveito da
possibilidade que eles dão de ter uma vida feliz.
Neste
breve estudo sobre Os Dez Mandamentos, você vai entender como as
leis de Deus são para o nosso bem, e não para nos podar,
levando-nos a uma vida de restrições. Você vai aprender a praticar
os mandamentos, mas não só isso, a se realizar neles também.
Cristiane
Cardoso
O
PRIMEIRO MANDAMENTO
Eu
sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito,
da casa da
servidão. Não terás outros deuses diante de
mim. Êxodo
20.2-3
Não
é em vão que Deus inicia os Seus mandamentos falando de Si mesmo,
pois Ele é a base para todos os demais mandamentos, deixando bem
claro quem é quem. Ele é Deus apenas daqueles que o veem como único
Deus. Ele não compartilha essa posição com mais ninguém, até
porque ninguém é como Ele. Por mais que as pessoas idolatrem todos
os tipos de deuses, nenhum desses “deuses” consegue dar
realização a um ser humano como Ele.
Na
novela “Os Dez Mandamentos”, os egípcios adoravam “deuses”.
Foi de uma sociedade assim que Deus livrou o Seu povo; portanto, era
de se esperar que os israelitas achassem que Ele seria apenas mais um
“deus”. Por esta razão que Deus já deixou isso bem claro, logo
no início: “Eu não sou mais um.”
E
quem quer ser mais um?
Eu
não quero! Longe de mim ser mais uma mulher neste mundo, mais uma
esposa para o meu marido, mais uma mãe para o meu filho, mais uma
amiga para as minhas amigas. Dentro de mim, eu nunca aceitei ser mais
uma... Creio que ninguém gosta de ser mais um rosto na multidão ou
um número nas estatísticas. Todo mundo quer ser único. Todos
querem ser especiais.
Você
sabe o que faz a pessoa ser mais uma?
Quando
ela age como uma qualquer. Quando ela segue a multidão. Quando ela
não se destaca em nada na vida. Quando ela se satisfaz com qualquer
coisa.
Quantas
mulheres se satisfazem com homens que as tratam como uma qualquer.
Passam uma noite com o homem para virar mais uma na
lista de conquistas.
Muitas
mulheres
aceitam viver junto com um homem para se tornarem mais uma mulher
que não sabe se é esposa ou namorada.
Deus
não foi mais um deus para o Seu povo, nem para os egípcios – os
quais, por mais que não acreditassem nEle – viram o Seu poder
através das dez pragas. Apesar do preconceito que tinham contra os
hebreus; e não só isso: perderam a batalha final de forma
humilhante, afogados no mar Vermelho. Deus se mostrou Único, pois
Ele é Único.
Só
quem vive a fé num Deus Único pode, de fato, ver o seu poder.
Há
quem pense que vive essa fé, mas, por ignorância, mantém outros
deuses. São meros religiosos que vivem como se Deus não existisse.
Por esta causa, passam por todas as pragas. Caem em depressão,
pensam em suicídio, vivem na miséria econômica, estão sempre
doentes, não são felizes no amor e dão um péssimo testemunho de
cristão. O que eles não sabem é que tudo isso se deve aos outros
“deuses” que eles servem. Os “deuses” do dinheiro, da
carreira, do marido, do namorado, do filho, do neto, dos pais, da
fama, dos bens, das amizades, da beleza, da moda, das redes sociais
(por incrível que pareça!).
Quando
a vida gira ao redor de alguma coisa ou pessoa, esta se torna um
“deus”, porém, jamais será capaz de fazer o papel do verdadeiro
e único Deus, o Deus de Israel. É por isso que as pessoas se
decepcionam tanto. Elas esperam muito e recebem pouco. Estudam,
trabalham, sacrificam-se para conquistar um status que, no fim, não
vai conseguir realizá-las por completo. Amam, entregam-se e, até se
sacrificam por alguém que acaba lhes traindo a confiança,
desvalorizando-as. Levando-as a sofrer por amor.
A
conclusão é que nenhum “deus” neste mundo tem o poder de nos
tornar pessoas realizadas. Só há um Deus. E Ele só é Deus
daqueles que o fazem o Único Deus
de suas vidas.
O
SEGUNDO MANDAMENTO
Não
farás para ti imagem de escultura, nem semelhança
alguma do que há
em cima nos céus, nem embaixo na terra,
nem nas águas debaixo da
terra. Não as adorarás, nem lhes
darás culto; porque eu sou o
SENHOR, teu Deus, Deus
zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos
até à terceira e
quarta geração daqueles que me aborrecem e faço
misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e
guardam os
meus mandamentos. Êxodo
20.4-6
Esse
segundo mandamento completa muito bem o primeiro. Depois de deixar
bem claro que Ele é o Único Deus, uma de Suas maiores diferenças
está justamente neste segundo mandamento: Ele não precisa de uma
imagem para ser reconhecido, apreciado ou servido.
Todos
os outros “deuses” precisam ser palpados de alguma forma. Mas não
o Deus de Israel. Ele é o Deus invisível, e, para se ter contato
com Ele, você precisa de fé. Fé para saber que Ele está ouvindo a
sua oração. Que Ele o compreende. Que Ele está presente, mesmo que
os seus olhos não consigam vê-Lo.
Agora
você entende melhor aquele versículo bíblico que diz: “o justo
viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha
alma.” (Hebreus 10.38).
É
só através da fé que podemos nos comunicar com o Deus de Abraão,
Isaque e Jacó. E quando estamos na dúvida, receosos ou com medo, é
porque estamos longe dEle.
Tudo
o que Ele pede é que você creia nas Suas promessas de tal forma que
você viva a Sua Palavra, sem precisar que as circunstâncias ao seu
redor estejam favoráveis.
Muitas
pessoas se afastam de Deus justamente por isto: elas não creem, por
que precisam e querem ver, pegar, tocar, ouvir, sentir... Afastam-se
por não verem resultados imediatos de sua fé. Por nem sempre
“sentirem” a Sua presença. Por não suportar a pressão do
pecado. Elas querem tratar a Deus como tratam os outros “deuses”,
que podem ser carregados, usados, amassados, pendurados e perdidos.
Aquele
que vive pelo que vê e sente só alcança o que isso lhes capacita
alcançar. Aquele que vive pelo que crê, alcança o que nunca
poderia alcançar: Deus e todas as Suas promessas.
O
TERCEIRO MANDAMENTO
Não
tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão,
porque o SENHOR não
terá por inocente o que tomar o seu
nome em vão. Êxodo
20.7
Todo relacionamento exige respeito.
Seja
entre marido e mulher, pai e filho, amiga e amiga, professor e
estudante, enfim... Quando não há respeito mútuo, o relacionamento
é abalado. Assim também é com Deus.
Nós
já falamos dos primeiros dois mandamentos: Deus é Único e não
aceita ser mais um na sua vida, e para ter um relacionamento com Ele,
você precisa usar a sua fé. Esse terceiro mandamento já mostra um
detalhe importante: não é porque você pode ter um relacionamento
com Ele que você vai tratá-Lo como seu igual, um colega... ou como
alguém com que você ora está se relacionando bem e ora não está.
Ou como um vizinho que ora você cumprimenta ora não. Não... De
Deus não se zomba.
A
falta de respeito das pessoas para com o seu próximo é a coisa mais
comum hoje em dia.
No
transporte público, não se dá mais o lugar para os idosos, e nos
estacionamentos quando há vagas destinadas a idosos ou gestantes, as
pessoas reclamam do porque de tal direito exclusivo. Muitos filhos
não respeitam seus pais na forma de falar; Alguns
são até capazes de dizer que os odeiam. A esposa ofende o marido
com palavras impróprias, o marido compara a esposa com outras
mulheres. Na escola, fala-se mal da professora e espalham-se fofocas
sobre a diretora. Na igreja, não se pensa duas vezes em falar mal do
pastor, de sua esposa ou de seus filhos; aliás, adoram achar erro
neles! Na rua, desrespeitam-se os sinais de trânsito, finge-se não
ver o policial. Muitos jogam lixo nas ruas, não se preocupando com a
conservação da natureza e nem pensando no bem estar de seus
semelhantes. Respeito é o que mais falta em nossa sociedade, e não
é de se surpreender que as pessoas não saibam respeitar a Deus.
Esse
mandamento dita algo simples: não use o nome de Deus em vão.
Respeite o Seu Nome. Respeite a Sua Pessoa. Ele é Deus e deve ser
tratado como tal. Quem respeita a Deus, a quem não se vê, respeita
o seu próximo a quem vê.
O
QUARTO MANDAMENTO
Lembra-te
do dia de sábado, para o santificar: Seis dias
trabalharás e farás
toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o
sábado do SENHOR, teu Deus;
não farás nenhum trabalho,
nem tu, nem o teu filho, nem a tua
filha, nem o teu servo,
nem a tua serva, nem o teu animal, nem o
forasteiro das
tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o
SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e,
ao sétimo
dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o
dia de sábado e o
santificou. Êxodo
20.8-11
A
porta de entrada para os
problemas no nosso casamento e na vida de muitos casais foi
justamente a falha em não cumprir esse mandamento. Foram tempos em
que o Renato não separava tempo para mim e eu não separava um tempo
para ele. Muitos casais são assim. Quando tem um tempo livre das
obrigações do trabalho, um quer sair para passear enquanto o outro
prefere ficar em casa. Eu me aborrecia em ficar em casa, e quando
saíamos, ele se aborrecia. O nosso sétimo dia não era do Senhor, e
sim nosso.
Muitos
pensam que esse mandamento fala sobre o sábado em si, mas eu não
interpreto assim. O sábado aqui é o sétimo dia, ou seja, aquele
último dia da semana em que você tem de parar de trabalhar e se
dedicar a Deus. Isso não significa que você tem de ficar de joelho
o dia inteiro orando. Note que foi num sábado que o Senhor Jesus
mais fez milagres.
Nós
santificamos o nosso sábado quando deixamos de pensar em nós mesmos
e pensamos no nosso próximo.
Você
já observou que separamos tempo para muitas coisas, mas não para
muitas pessoas? Temos tempo para trabalhar, cuidar da casa, nos
embelezar, passear, descansar etc... Qual foi a última vez que
separamos um tempo para as outras pessoas?
Hoje,
isso é uma raridade. Filhos fazem de tudo para ficar longe de seus
pais. Irmãos não têm tempo de conversar. Pais não têm tempo e
nem paciência de ficar com seus filhos. Maridos não gostam de
separar um tempo para sua esposa. Esposas não gostam de separar um
tempo para cuidar de seus maridos. Amigas não têm tempo de manter
suas amizades.
Agora,
imagina com Deus? Se as pessoas não têm tempo umas para as outras,
como terão tempo para Deus?
O
QUINTO MANDAMENTO
Honra
teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus
dias na terra que
o SENHOR, teu Deus, te dá. Êxodo
20.12
Quando
criança, uma das coisas que mais queremos dar aos nossos pais é
orgulho, e a pior coisa que pode acontecer é envergonhá-los. É por
isso que muitas crianças acabam aprendendo a mentir, não só para
evitar mais problemas, mas por medo de decepcionar seus pais.
O
desejo imenso de trazer orgulho aos pais vem dentro de cada criança
– ou seja, esse mandamento é algo que já nasce com todos nós. O
problema é que a criança cresce e, na adolescência, ao ver outros
adolescentes envergonhando seus pais, esse desejo puro e divino se
perde, e o jovem começa a sentir o prazer em fazer justamente o
oposto.
Hoje
em dia é quase uma moda envergonhar os pais.
Isso
se deve a muitos fatores, mas o mais comum de todos está justamente
no dar mais ouvidos às amizades do que aos pais. É como se as
amizades tivessem autoridade no assunto e soubessem do que estão
falando. O que ocorre, na verdade, é que a maioria teve um lar
frustrado, a revolta de não ter um pai, uma mãe ou uma família
unida, os leva a querer destruir a família dos outros.
Entretanto,
o que muitos não são capazes de admitir é que quanto mais desonram
seus pais, mais infelizes são. Muitos pais, infelizmente, não são
grandes exemplos, mas não deixam de ser pais e, consequentemente,
pessoas importantíssimas para seus filhos. Tanto é que a opinião
dos pais a seu respeito é a que fala mais alto; quando é negativa,
chega a traumatizá-los até a vida adulta.
Não
se pode ter uma vida realizada desonrando os pais. E o que é honrar
os pais?
Muitas
pessoas se enganam em pensar que honrar é obedecer aos pais.
Honrar
os pais é viver uma vida que traga orgulho a eles, mesmo que talvez
essa não seja a vida que tenham planejado para você. Quando isso
acontece, você se realiza consigo mesmo, pois as pessoas mais
importantes na sua vida finalmente a admiram. Quando os meus pais me
dizem que se orgulham de mim, parece que uma meta importante dentro
de mim é alcançada naquele momento – é uma das sensações mais
prazerosas que existe. Agora imagine quando Deus Se orgulha de nós?!
Esse
mandamento é tão importante que está diretamente ligado ao tempo
de vida que temos.
Quem
honra os pais, honra a Deus, e quem honra a Deus, será honrado por
Ele.
O
SEXTO MANDAMENTO
Não
Matarás. Êxodo 20.13
Esse
é um mandamento que parece óbvio. É claro que não devemos matar
ninguém. Mas você sabia que a maioria das pessoas mata sem perceber
e sem a intenção de matar? Uma das formas mais sutis é com a
própria boca ou, nesses tempos modernos, com o “teclado”.
Com
uma palavra, você pode matar uma pessoa.
O
bullying é um exemplo
disso. Quantos jovens já não cometeram suicídio por ter sofrido
bullying online? A
maioria que sofre com esse tipo de violência não comete suicídio
(graças a Deus por isso), mas, infelizmente, muitas vítimas vivem o
resto da vida acreditando no que ouviram de si mesmas, fazendo com
que tudo que falaram a seu respeito se torne realidade.
E
não é só na escola ou nas redes sociais que o bullying
acontece. Tem aquele que acontece dentro de casa. A mãe que diz para
a filha nunca vai se casar. O pai que diz para o filho que ele não
serve para nada. O filho que diz para a mãe que não vê a hora de
ela morrer. A filha que diz para a mãe que a odeia. A esposa que diz
para o marido que ele é um fracassado. O marido que diz para a
esposa que não sente mais atração por ela.
As
pessoas vão se matando aos poucos a cada comentário, a cada atitude
mal pensada.
Uma
vez o Senhor Jesus disse: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não
matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos
digo todo aquele que [ sem motivo] se irar contra seu irmão estará
sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará
sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará
sujeito ao inferno de fogo.” (Mateus 5.21-22)
O
Senhor Jesus nos ensina a cumprir os Dez Mandamentos. Muitos
religiosos pensam que vivem os Dez Mandamentos, mesmo sem
entendê-los. Seguem-nos à risca e acabam desagradando a Deus quando
não pensam duas vezes em agredir com palavras quem não pensa como
eles. Ofendem, criticam, julgam, acusam, discriminam, enfim... Eles
são os que mais matam. Pois, por causa deles, muitos acabam se
escandalizando com a fé e, pior, perdendo a salvação. Você já
viu maior matança que essa? São os verdadeiros terroristas
espirituais. Fique longe deles!
Com
esse tipo de pessoa, não se discute nem se conversa; só se evita.
O
SÉTIMO MANDAMENTO
Não
adulterarás. Êxodo 20.14
Adultério
é uma palavra que não se usa mais. No passado, isso era considerado
um crime digno de morte; hoje, “faz parte da vida”, como algumas
pessoas dizem ao justificar seus erros.
O
adultério tem sido uma praga em nossa geração. Por mais que isso
sempre tenha acontecido no mundo, hoje em dia é uma coisa que pode
acontecer dentro da própria casa, ao lado do cônjuge. As redes
sociais são grandes vilãs dessa facilidade toda.
Se
as pessoas simplesmente entendessem como o adultério começa e as
consequências que elas terão na vida por causa dele, talvez não se
deixassem envolver pelo argumento “eu só queria ser feliz”.
O
adultério começa na mente. Sempre foi assim.
A
ideia vem na cabeça de todas as pessoas casadas, e cabe à pessoa
decidir seguir em frente ou não. E é aí que as redes sociais
entram, pois muitas pessoas pensam que o adultério é um ato de
traição; então, por não estarem tendo ato sexual com ninguém,
não estão fazendo nada de mal. Elas estão não só enganando seus
parceiros como também a si mesmas. Uma vez que elas têm contato
inapropriado com pessoas do sexo oposto, elas já estão cometendo
adultério. Aliás, o Senhor Jesus foi além e disse: “Ouvistes que
foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar
para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou
com ela. Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o
de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja
todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te faz
tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um
dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno.”
(Mateus 5.27-30)
Ou
seja, se você apenas olhar com más intenções, você está
cometendo adultério. Tem gente que não só olha, mas gosta, deixa
comentários inapropriados, flerta... Isso tudo porque nas redes
sociais as pessoas pensam que podem se esconder.
A
pessoa que age dessa forma é adúltera mesmo que nunca tenha tido
contato físico com outra pessoa.
Muitos
casais têm tido problemas no relacionamento justamente por isso e,
realmente, quem vai aceitar esse tipo de comportamento? Só quem não
se importa de ser traído.
As
consequências do adultério são muitas, mas a pior de todas é a
que fica com o adúltero (contrário do que pensa a maioria: quem foi
traído é quem sofre mais. Que nada!). O traidor vai carregar a
culpa do seu adultério para o resto de sua vida. O casamento pode
até ser restaurado, e ele, perdoado, mas a marca não sai. Ela fica
na sua reputação e na história que deixou para trás. Como
aconteceu com o rei Davi. Ele foi um grande homem de Deus, mas, por
causa de seu adultério, toda vez que falamos dele não temos como
esquecer a mancha que deixou.
Vale
tudo isso por um breve momento de prazer?
O
OITAVO MANDAMENTO
Não
furtarás. Êxodo 20.15
Nunca
me esqueço do dia em que cheguei em casa, após uma reunião
maravilhosa na igreja, e me deparei com a minha casa virada pelo
avesso. Os ladrões abriram todos os armários, todas as gavetas,
todas as portas e, como se isso não fosse invasivo o suficiente,
jogaram tudo no chão. A sensação é terrível, de se desesperar.
O
furto acontece hoje de várias formas, e muita gente do bem não sabe
que vive furtando por aí com suas piratarias. Não querem pagar pela
música, pelo filme ou pelo livro, então baixam cópias piratas e
acham que, por isso, estão arrebentando. Porém, não passam de
meros e medíocres ladrões, isso sim.
Mas
o furto não acontece só com bens materiais. Há pessoas que furtam
outras coisas também (aliás, é o que mais existe): os ladrões de
amizades e tempo.
- Furtar amizade é quando você sabe que uma pessoa é melhor amiga da outra e faz de tudo para que ela deixe de ser amiga dela para ser sua. Então você arranja tempo para ficar com ela no momento em que a outra não está, começa a tratá-la como se você fosse a melhor amiga dela e procura jogá-la contra a outra.
- Furtar tempo é quando você figa jogando conversa fora com os outros, enviando e-mails que não têm objetivo algum, repassando fofocas pelo WhatsApp; enfim, roubando o tempo que as pessoas têm para o que interessa a fim de dá-lo às coisas que não interessam.
Pensem
bem, se furtar na lei dos homens já é digno de punição, imagine
na Lei de Deus? Na lei dos homens, é preciso provar o furto, mas, na
Lei de Deus, Ele viu, Ele sabe, Ele mesmo pode testemunhar contra
você.
É
por isso que está escrito: “Quem intentará acusação contra os
eleitos de Deus? É Deus quem os justifica.” (Romanos 8.33)
O
NONO MANDAMENTO
Não
dirás falso testemunho contra o teu próximo. Êxodo
20.16
Dar
testemunho é quando você fala sobre algo que sabe de fato, viu e
testemunhou sobre o seu próximo. Ou seja, esse mandamento é contra
aqueles que falam sem saber. Sim, aqueles que falam não do que
saibam, mas sim do que ouviram de outros que presumiram a respeito de
uma pessoa.
Alguém
passou por você e não lhe deu um “Bom dia!” Então você tem
duas escolhas: não fazer disso um problema OU fazer disso um
problema.
A
maioria das pessoas opta por fazer disso um problema e começa a
presumir várias coisas sobre aquela pessoa, até porque isso a ajuda
a se sentir superior a ela: “mal educada”, “antipática”,
“pensa que é alguma coisa”, “orgulhosa”, “metida”,
“falsa” etc.
Depois
que ela presumiu tudo sobre aquela pessoa (sem saber o porquê de
fato ela não lhe deu o “Bom dia”), ela então tem de
“compartilhar” o que pensa com os outros, para que então todos
saibam o quanto aquela pessoa “não presta”... Faladeira.
Toda
vez que você assume algum juízo de valor sobre uma pessoa, está
dando falso testemunho sobre ela e está indo contra esse mandamento,
que, aliás, todos nós gostaríamos que fosse praticado. A pior
coisa que existe é ser julgado.
O
Senhor Jesus disse: “Não julgueis segundo a aparência, e sim pela
reta justiça” (João 7.24). Ele foi quem sofreu mais com esse tipo
de gente, que aponta o dedo e já pensa que sabe tudo o que você faz
e o porquê.
E
se você é uma pessoa que costuma julgar os outros, arrependa-se,
peça perdão e comece a olhar para si mesmo e a se preocupar em como
ser um ser humano melhor tanto para si, como para o seu próximo.
O
DÉCIMO MANDAMENTO
Não
cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a
mulher do teu
próximo, nem o seu servo, nem a sua serva,
nem o seu boi, nem o seu
jumento, nem coisa alguma que
pertença ao teu próximo. Êxodo
20.17
No
entanto, é o que mais acontece em nossos dias. Cobiçar é invejar,
é querer ter o que o outro tem. Isso está tão comum hoje em dia,
que as pessoas não têm nem mais vergonha quando deixam comentários
que falam em voz alta o quanto elas cobiçam o que outros tem.
Nos
meios de comunicação, como nas redes sociais, isso está cada vez
mais visível e aceitável; às vezes, dá impressão que invejar é
moda.
Um
dos muitos problemas com essa prática é que você deixa de enxergar
e valorizar o que tem, pois vive olhando o que os outros possuem.
Isso gera comparações, que se transformam em frustrações, e por
fim raiva e amargura.
É
preciso entender o quanto é injusto se comparar com qualquer pessoa
neste mundo. Somos todos diferentes, fazemos coisas diferentes,
nascemos em situações diferentes, em famílias diferentes, passamos
por experiências diferentes, tomamos decisões diferentes, em tempos
diferentes. Como pode alguém ainda pensar que pode se comparar com
outras pessoas?
É
como aqueles jogos dos sete erros, que comparamos para ver o que um
tem e o que o outro não tem. Aí, sim, podemos comparar, porque são
desenhos idênticos; mas como comparar desenhos completamente
diferentes um do outro? É ridículo!
A
inveja nasce dessa prática de se comparar. Você olha ao seu redor e
começa a inferiorizar tudo que você tem por conta disso. Você
começa a pensar que seus pais não foram tão presentes, sua
condição social não foi tão boa, suas experiências amorosas
foram um desastre, sua aparência não era tão satisfatória, suas
amizades foram falsas, seu cachorro era teimoso...
Então
vem a raiva, o ódio por aqueles que têm o que você não tem. “Quem
ela pensa que é?” “Quero vê-la ter de passar pelo que passei!”
“Eu não suporto a voz dela...”
E,
pronto, você oficialmente é uma pessoa amarga.
A
inveja faz mais mal ao invejoso, e nem todo invejado sofre com ela. A
inveja passa direto por quem tem a proteção divina.
Aos
invejosos, segue uma recomendação: parem de olhar a vida dos outros
e olhem para si mesmos, tenham bons olhos ara si mesmos, vejam o
quanto vocês já superaram para chegar até aqui, como são
fortes... Se vocês começarem a investir em si mesmos e apreciarem o
que já têm, terão muito mais...
Toda
vez que você fica feliz pela felicidade dos outros, você se torna
uma pessoa mais feliz e agradável.
OS
MAIORES MANDAMENTOS
E
um deles, intérprete da Lei, experimentando-o, lhe
perguntou:
Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?
Respondeu-lhe Jesus:
Amarás o Senhor, teu Deus, de todo
o
teu coração, de toda a tua
alma e de todo o teu
entendimento. Este é o grande e primeiro
mandamento. O
segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo
como
a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a
Lei
e os
Profetas. Mateus 22.35-40
Tem
gente que adora colocar os outros à prova, e, por incrível que
pareça, normalmente são pessoas que dizem professar a mesma fé.
Elas não só colocam os outros à prova como o fazem com “todo
respeito possível”, usando termos como “Mestre” ou
“Senhora”... Ah! O Senhor Jesus nos ensinou como lidar com essa
gente: vamos fingir não vê-las.
Veja
que, dos Dez Mandamentos, dois foram citados como maiores: “Amarás
o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de
todo o teu entendimento”;
e o segundo: “Amarás
o teu próximo como a ti mesmo.”
Isso porque esses dois mandamentos resumem todos os demais.
Quando
você ama a Deus acima de tudo nesta vida, você anda em Seus
princípios, você O respeita e vive a sua vida de acordo com a Sua
vontade. Esta é uma das razões por que confio no meu marido, admiro
os meus pais, os muitos homens e mulheres que servem sinceramente a
Deus, e tenho as amigas que tenho: eles amam a Deus acima de tudo e,
por isso, me fazem bem.
O
segundo maior mandamento está ligado ao primeiro, mas, infelizmente,
nem todo mundo que pratica um pratica o outro. Eu já fui uma dessas
pessoas.
Eu
amava a Deus acima de tudo (e continuo a amá-LO), mas, em segundo
lugar, estava o meu marido. Esse mandamento, na verdade, não só diz
respeito ao nosso próximo, mas também a nós mesmas, e geralmente
nos esquecemos disso.
Para
você amar outra pessoa como a si mesma, você precisa se amar
primeiro.
Quem
pratica esses dois mandamentos pratica os demais.
Tudo
escrito por Cristiane
Cardoso.
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